O Paradoxo de Richard (conexões artístico-filosófico-matemáticas)
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Resumo
Para explorar as articulações que perpassam os campos da filosofia, artes e matemáticas, partimos do princípio de que todos eles acompanham os modos de pensamento inscritos em lugar e tempo, sendo, portanto, historicamente construídos. Temos por foco o conceito de representação e suas diversas percepções ao longo das três primeiras décadas do século XX, na Europa ou no Brasil. A análise parte do “Paradoxo de Richard”, um enunciado formulado no campo da matemática, mas que se embrenhou por outros campos, gerando claras implicações, instigou formas de pensamento (novas compreensões a respeito das representações) e realizações práticas (conceito central na concepção dos computadores). Nossa ambição é compreender processos comuns (caso da representação) aos territórios de saber acima indicados: o problema diz respeito a rupturas contemporâneas que parecem redimensionar a relação epistême/poiésis.
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