Crítica e enfrentamento do fascismo nas teses "Sobre o Conceito de História", de Walter Benjamin

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Gilmário Guerreiro da Costa

Resumo

À época da escrita das teses “Sobre o conceito de história”, Benjamin buscava uma nova concepção de história capaz de explicar criticamente o fenômeno do fascismo. Ele avaliava que à derrota provisória no fronte político, com a ascensão do nazismo, associavam-se respostas teóricas insatisfatórias nas organizações ligadas às diretrizes da II Internacional. Especialmente a socialdemocracia alemã acrescentou à inabilidade das suas decisões políticas em 1914 e à sua responsabilidade na morte dos líderes espartaquistas Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht uma abordagem epistemológica politicamente ineficaz da história. Era necessário pensar com radicalidade esse momento de crise profunda, o que não seria possível com o atendimento a exigências metodológicas de objetividade e distanciamento. O presente artigo objetiva esclarecer as linhas diretrizes dessa proposta benjamianiana de enfrentamento do fascismo, seguindo a sua justificativa, os meios propostos e algumas consequências do seu compromisso a um só vez político e narrativo.

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